domingo, 18 de março de 2012

TEMPO DA QUARESMA


            Celebrar a Quaresma é reconhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo!
            A Quaresma é um tempo forte de conversão, de mudança interior, de graça e salvação, onde nos preparamos para viver, de maneira mais intensa, livre e amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação: a Páscoa.
            O que marca a Quaresma é, sobretudo, sua dimensão pascal: caminho para a Páscoa. A espiritualidade quaresmal é caracterizada também por uma atenta e prolongada escuta da Palavra de Deus. É esta Palavra que ilumina a vida e chama à conversão, infundindo confiança na misericórdia de Deus.
            Celebrar a Quaresma é juntar-se em mutirão, como povo de Deus, em busca da verdadeira libertação. A dimensão comunitária da Quaresma é, no Brasil, vivenciada e assumida pela Campanha da Fraternidade. Assumindo cada ano uma situação da realidade social, nos ajuda a viver concretamente a experiência da Páscoa de Jesus nas páscoas do povo.
            A Campanha da Fraternidade se torna, assim, um dos elementos quaresmais que nos ajudam na preparação pascal. Cada comunidade deve procurar a forma de fazer a ligação da Campanha da Fraternidade com a celebração de cada domingo da Quaresma.
            Oração, jejum e esmola, ao longo da história, sempre foram atitudes, gestos fundamentais nas relações das pessoas entre si, com Deus e com a natureza. À luz das obras penitenciais da Quaresma e no espírito da Campanha da Fraternidade, especificamente sob o enfoque do tema do ano, é necessário descobrir o significado sempre atualizado da oração, do jejum e da esmola.
            A Quaresma é tempo de uma mais assídua e intensa oração, pessoal e comunitária, entendida como diálogo com o Pai, por Cristo. O exercício da oração está inseparavelmente ligado à conversão, através da qual as pessoas se tornam sempre mais abertas e disponíveis às iniciativas da ação de Deus. O jejum e a abstinência de carne expressam a íntima relação existente entre os gestos externos da penitência, mudança de vida e conversão interior. A esmola, na perspectiva da Campanha da Fraternidade e da Quaresma, confere aos gestos de generosidade humana uma dimensão evangélica profunda, que se expressa na solidariedade. Coloca a pessoa e a comunidade face a face com o irmão empobrecido e marginalizado, para ajudá-lo e promovê-lo.
            Para celebrarmos melhor o tempo litúrgico da Quaresma valorizando a Campanha da Fraternidade, poderemos responder às seguintes perguntas:
a) Quais os sinais de pecado e de morte que marcam mais a nossa comunidade atualmente? Quais os sinais de vida e ressurreição que a gente gostaria que aparecessem entre nós?
b) Como ligar estes sinais com o mistério que celebramos na Quaresma?
c) Como sentimos o tema proposto pela Campanha da Fraternidade, aqui em nosso bairro, cidade ou região? Qual será o gesto concreto?
d) Haverá batismo na Páscoa? E primeiras comunhões? Como integrar a preparação destes sacramentos com a vivência quaresmal?
e)  E as celebrações do sacramento da reconciliação? E a via-sacra?
f)  De que maneira podemos encaminhar a Campanha da Fraternidade e as celebrações da Quaresma, para que ajudem a comunidade a melhor celebrar a Páscoa?
g) Haverá outros momentos fortes de oração? Ofício Divino nas Comunidades? Alguma vigília? Quando? Como? Quem prepara?

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