segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mensagem Natalina



“Meu caro irmão, olhe pra dentro de teu coração, veja se o Natal se tornou conversão e te ensinou a viver”.

É Natal, tempo de contemplar e experimentar a vida e a graça divinas. Deus entra na história humana e sua marca é a humildade. Todos somos chamados a viver a espiritualidade da manjedoura, do abandono, da simplicidade e do amor-doação. Deus revela-se na pequenez e na singeleza de uma criança para fazer-nos perceber sua presença e sua mensagem de vida e salvação. O poder de Deus manifesta-se na humildade, no serviço, na acolhida do pecador e no exercício da caridade.
Deus faz-se um de nós, assume nossa natureza para fazer-nos divinos. É uma troca de presentes entre o céu e a terra: recebe o corpo e dar-nos o espírito, recebe ingratidão e cobre-nos com sua misericórdia e seu perdão, recebe nossa pobreza e a enriquece com sua presença e sua graça.
Por isso, o natal para o cristão não pode ser uma data, um dia, mas sim um programa de vida, um objetivo que se realiza dia após dia por meio do nosso compromisso.
Portanto, podemos afirmar convictos que é natal quando: lutamos para que os homens tenham um emprego digno, vivam a fé numa comunidade de irmãos e sintam-se responsáveis pela história; procurarmos viver como Jesus viveu, tendo hoje as mesmas preocupações que Jesus teve, assumindo hoje as lutas que ele assumiu, para que Jesus através da justiça, amor, fraternidade e paz, venha nascer em cada lar, em cada ambiente, em cada coração.     

Desejo um feliz e abençoado Natal, repleto de graças e dons divinos, a todos e a todas!!!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ EM AUGUSTO CORRÊA PARÁ



mensagem



Queridos paroquianos e todos vocês devotos de Nossa Senhora de Nazaré, estamos prestes a realizar mais um Círio em homenagem a Virgem Maria! Somos muitos e diferentes, mesmo assim, somos convocados pela Santíssima Trindade a formarmos uma unidade – unidade na fé, na esperança, na caridade, nos Sacramentos e no Ministério – uma só Igreja.

O papa Francisco já nos lembrou “Onde quer que estejamos, mesmo na menor paróquia no ângulo mais remoto desta Terra, há uma única Igreja; nós estamos em casa, somos uma família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para quem vive na Oceania, mas é a mesma em todos os lugares.”

Devemos nos perguntar, disse ainda Francisco, se sentimos e vivemos esta unidade ou “privatizamos” a Igreja para nosso grupo, nossa nação e nossos amigos. “Quando ouço falar de cristãos que sofrem no mundo, fico indiferente ou sinto-o como se sofresse um da minha família? É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus!”

Às vezes, constatou o Pontífice, surgem incompreensões, conflitos, tensões, divisões que ferem a Igreja. “Somos nós a criar dilacerações! E se olharmos para as divisões que ainda existem entre cristãos, católicos, ortodoxos, protestantes... ou até entre nós... sentimos a fadiga de tornar plenamente visível esta unidade. É preciso buscar, construir a comunhão, educar-nos à comunhão, a superar incompreensões e divisões, começando pela família, pelas realidades eclesiais, no diálogo ecumênico. O nosso mundo necessita de unidade, de reconciliação, de comunhão e a Igreja é Casa de comunhão. Antes de fazer intrigas, um cristão deve morder a própria língua”.

A unidade da Igreja, porém, não é primariamente fruto do nosso esforço por vivermos de acordo e unidos; o motor desta unidade é o Espírito Santo, que faz a harmonia na diversidade.

“Por isso é importante rezar”, concluiu Francisco: “Peçamos ao Senhor que nos faça cada vez mais unidos e jamais nos deixe ser instrumentos de divisão. Como diz uma bela oração franciscana, que levemos amor onde há ódio, o perdão onde há ofensa, união onde há discórdia”. Desta forma viveremos concretamente o tema do Círio deste ano: “Com Nossa Senhora em busca da unidade, testemunhado a fé”. Feliz Círio a Todos e a Todas!





Márcio Pinheiro

Vigário





Programação religiosa

03/11/2013: Domingo – Às 19:00h na Igreja Matriz, Santa Missa e envio das imagens peregrinas às famílias em preparação ao Círio.

29/11/2013: Sexta – Encerramento das peregrinações. Cada bairro deve vir em procissão até a praça da Concha e, juntos, nos dirigiremos à Igreja Matriz para Santa Missa. Após a Missa saída da imagem de Nossa Senhora de Nazaré em carreata até a comunidade da Ilha das Pedras.

30/11/13: Sábado – Conforme a maré, saída do Círio Fluvial da comunidade da Ilha das Pedras até o Cais do Porto de Augusto Corrêa. Benção das embarcações e procissão até a Igreja Matriz.

Transladação

19:00h: Missa e apresentação do Manto e vestição da imagem de Nossa Senhora de Nazaré e transladação da imagem até o Centro Nazaré.

1º/12/2013: Domingo – Círio. Às 06:30h Santa Missa no Centro Nazaré; às 07:30h Saída da procissão do Círio percorrendo as ruas de nossa cidade, na chegada Santa Missa.

03/12/2013: Terça – Santa Missa às 19:00h na Igreja Matriz.

04/12/2013: Quarta – Santa Missa às 19:00h na Igreja Matriz.

05/12/2013: Quinta – Santa Missa às 19:00h na Igreja Matriz.
06/12/2013: Sexta – Santa Missa às 19:00h na Igreja Matriz.

07/12/2013: Sábado – Santa Missa às 19:00h na Igreja Matriz.

08/12/2013: DomingoCírio das Crianças e Recírio. Às 07:30h preparação e saída da procissão. Na chegada Santa Missa. Às 19:00h: Santa Missa e encerramento e procissão do Recírio.


Programação social

noitadas

30/11/13: Sábado – Equipe de cozinha, São Pedro, Catequese e PJ.
Círio Musical: Banda “Mater Dei” de Irituia-Pa

03/12/2013: Terça – Lírios do Vale, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Criança, Pescadores e Lavradores.
Círio Musical: Pe. Fernando e Judite de Bragança-Pa

04/12/2013: Quarta – Nazaré, Apostolado da Oração, Ministros, São Miguel, mototaxistas e taxistas.
Círio Musical: Cantores da Terra.

05/12/2013: Quinta – SENTEPS, Saúde, Meio Ambiente, Administração e Finanças, Secretaria de Cultura e Comunidade de São João.
Círio Musical: Pe. Enilton Corrêa e Cia de Aurora do Pará

06/12/2013: Sexta – SEMED, Escolas, Pratiaçú, Espírito Santo e Renovação Carismática Católica.
Círio Musical: Cantores da Terra.

07/12/2013: Sábado – ECC, Guardas, Santa Cruz, São Benedito, Comerciantes e Feirantes.
Círio Musical: Banda Kairós de Bragança-Pa
  
serviços



·       Coordenadores: Pe. Márcio Pinheiro, Ivo, Wilson, Fabrício. José Maria, Sérgio, Paulinho

·       Secretários: Jamile, Geyse e Amanda.

·       Tesoureiros: Fabrício, José Maria e Adriano.

·       Barracas do Arraial: Piedade, Márcio José e Maria da Costa.

·       Bar: Beto

·       Cozinha: Ana Cristina

·       Leilão e Donativos: Coordenadores de bairros, Joana e Luís Pinheiro.

·       Bingo: Wilson.

·       Som: Thiago e Paulinho.

·       Liturgia: Coordenação Paroquial.

·       Encontros: Coordenadores de bairros.

·       Ornamentação da Igreja e Berlinda: Anita

·       Ornamentação do Arraial: PJ e RCC.

·       Barco dos Marinheiros: Benedita e José Pereira.

·       Carro dos Anjos: Pastoral da Criança.

·       Bandeiras e Estandartes: José Pereira

·       Segurança e Organização do Círio: Guardas de Nazaré, Policia Civil e Militar, Bombeiros.

·       Círio Rodoviário: Rute Maia, Flávio, Fátima, Adaílton e Marcelo.

·       Círio Fluvial: Miguel Torres, João Conde.

·       Círio das Crianças: Pastoral da Criança e Catequese.

·       Ofícios: Glauce.

·       Fogos: Zé Carlos e Mechinha.

·       Leiloeiros: Maurício, Luís Pinheiro e João Conde.








quinta-feira, 18 de julho de 2013

CRISTO, CENTRO DO UNIVERSO.



A intenção no coração de Deus ao ter trazido este universo à existência era que, ao final, toda a criação pudesse apresentar a glória e a supremacia de Seu Filho, Jesus Cristo. Isto nos afirma a carta de São Paulo neste pequeno fragmento “nele tudo subsiste” (Cl 1,17 ). Ele diz muito claramente que, se não fosse o Senhor Jesus Cristo, o universo inteiro se desintegraria, desmembrar-se-ia; ele estaria sem seu fator unificador; ele cessaria de ter uma razão para ser mantido como uma completa e concreta unidade. Tire-o fora e a criação perde seu propósito e seu objeto, e não precisa mais ir adiante. “Cristo é tudo, e em todos” (Cl 3,11) era o pensamento – o pensamento dominante – na mente de Deus durante a criação do universo.
Percebemos esta verdade claramente exposta na antífona da solenidade de Cristo Rei: “O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele a glória e poder através dos séculos” (Ap 5,12; 1,6). Isto é proclamado ao final de cada ano litúrgico para nos lembrar que Jesus Cristo é o Rei de nossas vidas, Rei da história, Rei do cosmo, Rei do universo. A Igreja toda canta, na festa de Cristo Rei, na sua oração: “Cristo Rei, sois dos séculos Príncipe,/ Soberano e Senhor das nações!/ Ó Juiz, só a vós é devido/ julgar mentes, julgar corações”. O texto do Apocalipse citado acima dá o sentido da realeza de Jesus: “ele é o Cordeiro que foi imolado”. É Rei não porque é prepotente, não porque manda em tudo, até suprimir nossa liberdade e nossa consciência. É Rei porque nos ama, Rei porque se fez um de nós, Rei porque por nós sofreu, morreu e ressuscitou, Rei porque nos dá a vida. Ele é aquele “Filho do Homem” apresentado no livro de Daniel: “Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Dn 7, 9-14). Com efeito, o reinado de Cristo não tem as características dos reinados do mundo.
Ele é Rei não porque se distancia de nós, mas precisamente porque se fez “Filho do homem”, solidário conosco em tudo. Ele experimentou nossas pobrezas e limitações; ele caminhou pelas nossas estradas, derramou o nosso suor, angustiou-se com nossas angústias e experimentou tantos dos nossos medos (Fl 2,6-11;). Ele morreu como nós, de morte humana, tão igual à nossa. Ele reina pela solidariedade. Ele é Rei porque nos serviu: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Serviu com toda a sua existência, serviu dando sempre e em tudo a vida por nós, por amor de nós. Ele reina pelo amor. Ele é Rei porque tudo foi criado pelo Pai “através dele e para ele” (Cl 1,15-16); tudo caminha para ele e, nele, tudo aparecerá na sua verdade: “Quem é da verdade, ouve a minha voz”. É nele que o mundo será julgado. Ele é Rei porque é o único que pode garantir nossa vida; pode fazer-nos felizes agora e pode nos dar a vitória sobre a morte por toda a eternidade: “Jesus Cristo é a testemunha fiel e verdadeira, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra”  (cf. Ap 3,14; 1,17-18; 2,8). Ele reina pela vida. Sim, Jesus é Rei: A marca e o critério da realeza de Cristo é e será sempre, a cruz!
Hoje, assistimos, impressionados, a paganização do mundo, e perguntamos: onde está a realeza do Cristo? – Onde sempre esteve: na cruz: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. O Reino de Jesus não é segundo o modelo deste mundo, não se impõe por guardas, pela força, pelas armas: meu Reino não é daqui! É um Reino que vem do mundo do amor e da misericórdia de Deus, não das loucuras megalomaníacas dos seres humanos. E, no entanto, o Reino está no mundo: “Cumpriu-se o tempo; o Reino de Deus está próximo” (Mc 1,15); “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou para vós” (Lc 11,20). O Reino que Jesus trouxe deve expandir-se no mundo! Onde ele está? Onde estiverem o amor, a verdade, a piedade, a justiça, a solidariedade, a paz. O Reino do Cristo deve penetrar todos os âmbitos de nossa existência: a economia, as relações comerciais, os mercados financeiros, as relações entre pessoas e povos, nossa vida afetiva, nossa moral pessoal e comunitária.
Tudo deve convergir para Jesus Cristo: o tempo, a história, o cosmo... tudo corre para Jesus: ele é “o Alfa e o Ômega, o A e o Z, o Primeiro e o Último” (Ap 1,8; 21,6; 22,13) “Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogênito dentre os mortos, o Soberano dos reis da terra”. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Vocação na Bíblia



A Bíblia inteira, Palavra de Deus inspirada, constitui uma história do chamado de Deus a um povo e, através dele e de Cristo, a toda a humanidade. A vocação é sempre um chamado pessoal. Um chamado de Deus que escolhe a um homem que escuta. Por isso, Deus costuma dirigir-se ao homem chamando-o por seu próprio nome (Gn 22,1; Jr 1,11; Am 7,8). E, em alguns casos, chega até a mudar o nome do escolhido, para mostrar que da vocação brota um homem novo (Gn 17,1-2; 32,29; Is 62,2).
Dentre as várias pessoas chamadas, algumas são consideradas protótipos, modelos dos “chamados”, como por exemplo:

a) Antigo Testamento:
·         Abraão (Gn 12,1-8; Hb 11,8ss; Gn 15,1-21; 18,1-15; 22,1-19): Depois de seu chamado, não muda , mas passa a viver de uma esperança nova, unida ao destino de seu povo e da humanidade (Gn 12,3);
·         Moisés: Ouviu a voz de Deus, que o encarregava de uma tarefa libertadora, e desde aquele momento de sua vida consagrou-se a tal tarefa com ardor (Ex 3,7-14);
·         Samuel, quando jovem, também ouviu o chamado misterioso de Deus, que o escolhia para uma missão relacionada com o bem religioso e comum do povo (1Sm 3,1-21);
·         Isaias, Jeremias, Ezequiel: Foram chamados por Deus de maneiras semelhantes, os quais sentiram a graça e a força de Deus em sua árdua missão (Is 6,1-13; Jr 1,1-10; 11,18-22; 12,1-5; 15,10-21; 16,1-13; 18,1-12. 18-23; 20,7-18; Ez 2-3; 24,15-27; 33,1-20. 30-33). A fraqueza humana sente-se confortada com a presença interior de Deus e os homens se fortalecem;

Todo chamado de Deus exige e espera uma compromisso por parte do povo (Ex 19,8;Js 24,24). E toda a vida do povo de Israel constitui a resposta a esse chamado.

b) Novo testamento:

·         Cristo: é o “chamado de Deus” por excelência. Ele é enviado pelo Pai para uma missão de salvação, como indica o seu próprio nome (Mt 1,18-23). Sua vocação é diferente dos demais, no sentido de que, Ele não precisa de uma mudança interior, nem tinha ignorância prévia de sua missão. Jesus veio para converter os homens e dirigi-los para a meta suprema do Reino (Mc 2,13s; Mt 8,18; 19,21; 22,1ss). A pregação de Jesus inclui sempre um chamado, um apelo a segui-lo num caminho novo de cujo segredo ele dispõe: “Se alguém quer vir após mim...” (Mt 16,24; Jo 7,17). Há muitos chamados e poucos os escolhidos (Mt 22,1-14);
·         João Batista: Lc 1,5-25; Mc 1,1-13; Mt 11,2-14; Mc 6,14-29; Jo 1,19-36; 3,22-36.
·         Maria:  Lc 1,26-38; 11,27-28.
·         O Jovem Rico: Lc 18,18-30; Mt 19,16-26; Mc 10,17-27.
·         Paulo: (At 9,1-30; 22,5-16) Apresenta-se como um homem chamado pessoalmente por Cristo para ser o apóstolo dos gentios (At 9,1-6). Segundo ele, Deus, em Cristo chamou todos os de forma pessoal para torná-los semelhantes a seu Filho e partícipes de sua missão (Rm 8,29ss; 1Ts 2,11-12);
·         TImóteo: 1Tm 1,1-4. 12-17; 4,6-16.

Todas as vocações têm por objetivo as missões: se Deus chama, é para enviar. A vocação é o chamado que Deus dirige ao homem a quem ele escolheu para si e que destina a uma obra especial no plano da salvação e no destino do seu povo.

Obs.: Quando Deus chama as pessoas é sempre para realizar uma missão. Deus consagra as pessoas não para afastá-las, mas para enviar e consagra em função desse envio.