quinta-feira, 16 de junho de 2011

SUPERSTIÇÕES


Após ouvir várias pessoas reclamando, pedindo explicações, posição, ajuda, atenção a respeito das práticas supersticiosas, especialmente aquelas que dizem respeito à supostas curas realizadas mediante magia, cirurgias espirituais, orações diversas, etc, resolvi fazer, baseado nas Sagradas Escrituras e no Catecismo da Igreja, os seguintes esclarecimentos:
  • A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, por exemplo: quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição (Catecismo da Igreja Católica nº 2.111);
  • A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns e a macumbeiros e curandeiros... contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus (Catecismo da Igreja Católica nº 2.116);
  • Todas as práticas de magia ou feitiçaria com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo são gravemente contrárias à virtude da religião. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-los (Catecismo da Igreja Católica nº 2.117);
  • A Bíblia, no Antigo e no Novo Testamento, proíbe as práticas mágicas e as superstições da seguinte forma:
a)  Is 44, 25: “Desfaço os sinais dos profetas falsos, e torno loucos os adivinhos, que faço voltar para trás os sábios, e converto em loucura a sua ciência”;
b) Jr 14,22: Há, porventura, entre os deuses falsos das nações, algum que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és tu, ó Senhor, nosso Deus? “Portanto em ti esperaremos; pois tu tens feito todas estas coisas”;
c) Zc 10,2: “Pois os terafins falam vaidade, e os adivinhos vêem mentira e contam sonhos falsos; em vão procuram consolar; por isso seguem o seu caminho como ovelhas; estão aflitos, porque não há pastor”;
d) Mt 7,15: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”;
e) Mc 13,22: “Hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos”;
f) II Cor 11,13-14: “Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de estranhar: se o próprio satanás se desfaça de mensageiro da luz”;
g) I Jo 4,1: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”;
h) Gl 5,20; “A idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, ciúmes, bebedeiras, comilanças e coisas semelhantes. Eu vos previno, como já vos preveni,que quem pratica isso não herdará o Reino de Deus”.
Tudo isto é mais que suficiente para que nós como católicos deixemos de lado toda e qualquer crença supersticiosa que visa escravizar-nos; abracemos a fé verdadeira e pura em Deus que cura a todos que o procuram de coração sincero. Não dêem ouvidos e nem vão atrás destes supostos curadores e curadoras, quer estejam no céu, na terra, no 30 ou no 40 ou em qualquer lugar, que na maioria das vezes buscam apenas dinheiro. Ao contrário busquemos o quanto antes os tratamentos médicos e, com fé, depositemos nossa total confiança em Deus Pai, Filho e Espírito Santo que tem o poder de nos libertar de toda doença, seja ela física ou espiritual. Com orações,

Pe. Márcio Pinheiro de Almeida
Vigário

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