segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A EVANGELIZAÇÃO NAS CASAS
 
Toda e qualquer ação evangelizadora deve ter como fundamento a missão do Pai que foi confiada a Jesus e que Ele a confiou à sua Igreja e, que ao longo dos séculos, vem sendo assumida por todos os cristãos e cristãs. Hoje, somos nós os responsáveis pela missão evangelizadora da Igreja.
1. primeiro passo: O Pai envia seu Filho, para instaurar o Reino de Deus. O Filho envia sua Igreja, para evangelizar, proclamar a Boa Nova, proclamar o Evangelho. É a Igreja que recebe a ordem, por isso somos enviados em nome dela; Os representantes da Igreja, o Papa, nossos Bispos e Sacerdotes, em nome de Deus nos enviam em missão Evangelizadora. Com o envio, recebemos a autoridade de ir proclamar o Evangelho. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). No exercício da missão os evangelizadores devem ir de dois em dois, como nos diz a Palavra de Deus, sempre acompanhados da Bíblia, do Quartum (Antigo Terço)... devem anunciar a Boa Nova a todos, indistintamente;
 
2. segundo passo: Antes de sair em missão é necessários que os evangelizadores rezem primeiro, pedindo a graça de Deus para serem instrumentos nas mãos de Deus, suplicando o dom do Espírito Santo e invocando a intercessão da Virgem Maria. É necessário fazer um momento de oração juntos. O mais importante é levar uma vida de oração constante para que os frutos da missão apareçam. Pela comunhão com Deus conhece-se a Sua vontade;
 
3. terceiro passo: Antes de bater à porta da casa que irá receber a evangelização é necessário: orar pela família, pela casa, pedir bênçãos para a família. Nunca esquecer de pedir que Deus, na sua infinita misericórdia, conceda vida nova aos que forem evangelizados (fazer a oração discretamente);
 
4. quarto passo: Chegando na casa, apresente-se e identifique-se como pessoas enviadas pelos representantes da Igreja Católica, isto é, como missionários. Sugestão: iniciar a conversa oferecendo uma mensagem do Amor de Deus e perguntando se querem ouvir. Se a pessoa se recusar a ouvir, diga muito obrigado pela atenção e que Deus a abençoe; Quando a pessoa aceita é importante anunciar o Querigma, isto é,
  • Anunciar que Deus nos ama a todos, que todos somos pecadores, mas que Jesus morreu na cruz por mim, por você, por todos nós. Dar testemunho (contar, relatar vários exemplos de conversão, de mudanças de vida);
  • Às vezes, é mais importante ter um contato pessoal com a pessoa, por meio de um abraço, um aperto de mão, fazendo-se sentir o Amor de Deus, do que ficar falando;
  • Deve-se ajudar as pessoas a querer experimentar o Amor de Deus, hoje e sempre. Algumas Perguntas podem ajudar: Você quer mudar de vida? Quer ter uma situação muito melhor na família? Consigo mesmo? Hoje Jesus quer tocar seu coração: aqui e agora. Você quer experimentar o amor de Deus? Assim a pessoa participa do Querigma;
 
5. QUINTO PASSO: Orar pelo evangelizando. Se for conseguido o objetivo da Evangelização e se perceber que o evangelizado sentiu necessidade de uma experiência pessoal com Jesus, deve-se orar por ele. Convidá-lo para um momento breve de oração. Ele deve escutar a oração e o evangelizador deve orar por ele e em seu nome. Exemplo de oração: Jesus, agradeço-Lhe por que me amas. Obrigado, Senhor, porque veio me libertar do pecado, da situação de vida familiar e pessoal difícil que estou enfrentando. Obrigado, Jesus, porque o Senhor morreu por mim, para me libertar, para dar-me a vida Nova. Aumenta minha fé porque eu quero crer no Senhor. Eu quero que transforme minha vida, minha família. Jesus dê-me o Espírito Santo. Maria Santíssima venha à minha casa;
 
6. sexto passo: Perguntar ao evangelizando se ele gostaria de orar de uma maneira especial pela sua família, filhos, esposo ou esposa. O papel do evangelizador é apoiar a oração do evangelizando. Se ele reza, muito bem! Se não reza, também muito bem. O importante é ter um encontro pessoal com Deus. Quando oramos pelo evangelizando, nossa oração deve ser simples e dentro da linha querigmática. Para tocar no evangelizando precisamos pedir licença; respeite sempre a liberdade da pessoa. Não esquecer de perguntar se há algum doente dentro de casa, acamado ou com necessidades especiais, e se gostaria que orasse por ele (fazer uma oração simples, direta);
 
7. sétimo passo: Pedir o Espírito Santo. Fazer uma oração pedindo o Espírito Santo para o evangelizando. Se chegarmos a uma casa onde as pessoas já tem uma experiência de Deus, devemos partilhar com elas rapidamente sobre a Boa Nova, orar juntos e pedir que continue orando pelo trabalho de evangelização e participando das atividades comunitárias com assiduidade;
 
8. oitavo passo: Integração à Comunidade (Convite). Se o evangelizando aceitou a mensagem de Deus convide-o a integrar-se a comunidade. É na comunidade que ele irá encontrar a plenitude da Vida em abundância. Devemos informar todas as reuniões, horários de missas, confissões, orações, enfim, tudo o que a comunidade faz. Se for necessário, levá-lo a Paróquia ou a Comunidade. É preciso que a gente se interesse de verdade pelo evangelizando,


ajudando e acompanhando-o na fé. Para isso se propõe a formação de uma equipe que possa fazer esse serviço na comunidade ou na paróquia após a evangelização.
 
  1. orientações práticas:
    • Ajudar a pessoa a dar uma resposta e um passo de fé, fazer com que ela creia e dê um passo de conversão. É necessário mudar de vida, aceitar Jesus e sua proposta de coração;
    • Enquanto um evangelizador anuncia o outro reza no silencio do seu coração. Quando percebe que pode intervir para esclarecer ou acrescentar algo, o outro ora;
    • O Evangelizador não deve falar o tempo todo, mas, também escutar. Nunca deixe desviar o objetivo da evangelização. Não se escandalizar ou fazer julgamentos daquilo que as pessoas falarem (tentativa de suicídio, abortos, violência, adultério, etc);
    • Deixar as pessoas desabafarem e expressarem seus sentimentos. Tenha sempre uma postura de calma e acolhida. Nunca diga: “não chore” ou “existem pessoas com maiores problemas que os seus”; isto pode favorecer a acomodação e impedir a pessoa de pedir a ajuda de Deus e mudar de vida;
    • Não discutir, não brigar, somente manifestar o amor de Deus através de atitudes e gestos que expressem a nossa identidade cristã. Sigilo absoluto (o que ouvir não falar nem comentar com ninguém);
    • Não dar opiniões próprias sobre assuntos polêmicos dentro da Igreja como por exemplo: casamento dos padres, pena de morte, segundo casamento, imagens, santos, homossexualismo, etc.;
    • Reclamações contra a Igreja, padres, religiosos, líderes leigos são pontos delicados da evangelização e que devemos ter muito cuidado. Devemos ter uma atitude de acolhida e convidar essa pessoa a rezar e perdoar estas “possíveis falhas ocorridas”;
    • Quando tiver perguntas sobre doutrinas e dogmas da Igreja não tentar solucionar, pois não estamos catequizando, mas evangelizando;
    • Não ter pressa na evangelização e ir conforme a pessoa quiser. Ao mesmo tempo, usar de bom senso: cuidado com conversas desnecessárias de pessoas que querem atrapalhar a evangelização;
    • Se encontrar pessoas de outras religiões respeitar sua maneira de expressar sua fé, mas se possível, demonstrar sua alegria de pertencer a Igreja Católica. Nunca discutir ou querer esclarecer pontos doutrinários diversos.
    • Dificuldades: casais que convivem, mas que são desquitados ou divorciados: ouvi-los, orientá-los sempre com muita caridade, saber entender a situação em que se encontra, explicar que podem e devem freqüentar a comunidade; pessoas que freqüentam a Igreja Católica e outras igrejas ou seitas, alegando que todas são boas porque levam a Deus: procurar explicar sempre com muita caridade e sem discutir que a Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo, nosso único Salvador e, que continua através dos apóstolos até o dia de hoje.
 
  1. algumas citações bíblicas:
    • Amor de Deus: Jr 31,3 – Amo-te com amor eterno; Is 49,15 – Ainda que as mulheres se esquecerem de seus filhos eu não me esquecerei de ti; Is 43,4 – Porque és precioso aos meus olhos, porque eu te aprecio e te amo;
    • Pecado: Rm 3,23 – Todos pecaram e estão privados da glória de Deus; 1 Jo 1,8-9 – Se dissermos que não temos pecados enganamo-nos a nós mesmos;
    • Salvação de Jesus: Jo 3,16-17 – De tal modo Deus amou o mundo que mandou o seu Filho para que todo o que nEle crer tenha a vida eterna; Jo 10,10 – Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância; Cl 2,13-14 – É Ele que nos perdoou todos os pecados;
    • Fé e Conversão: At 3,19 – Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para serem apagados os vossos pecados; Jo 3,3 – Quem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus; Ap 3,20 – Eis que estou à porta e bato: se alguém abrir, entrarei em sua casa e cearei com ele; Hb 11,1 – A fé é o fundamento da esperança e a certeza a respeito do que não se vê;
    • Espírito Santo: At 1,8 – Descerá o Espírito Santo e vos dará força e sereis minhas testemunhas; At 2,39 – A promessa é para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe; Ez 36,26 – Dar-vos-ei um novo coração e em vós porei um espírito novo; Jo 4,14 – A água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água viva;
    • Comunidade: Rm 12,5 – Embora sejamos muitos, formamos um único corpo em Cristo; 1 Tm 3,15 – Quero que saibais como deves portar-te na casa de Deus que é a Igreja;
    • Oração Final: Lc 10,1-20 – Não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos de que os vossos nomes estão escritos nos céus.
 

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